Processados, minimamente processados, não processados e ultraprocessados: o que é preciso saber?
- 29 de ago.
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Na hora de escolher o que vai para o prato dos filhos – e de toda a família –, conhecer os diferentes tipos de alimentos e o impacto que eles têm na saúde é fundamental. A forma como chegam até a mesa influencia diretamente na qualidade da dieta e até na prevenção de doenças ao longo da vida.
Classificar os alimentos pelo grau de processamento é uma maneira simples de entender suas propriedades nutricionais e como podem contribuir (ou prejudicar) o organismo.
Quanto maior o consumo de processados e, principalmente, ultraprocessados, maior o risco de desequilíbrios nutricionais e doenças crônicas. Vamos entender melhor cada categoria
Alimentos não processados
São aqueles em seu estado natural, sem adição de substâncias químicas ou modificações industriais. Exemplos: frutas frescas, verduras, legumes, ovos, leite, grãos. Esses devem ser a base da alimentação diária.
Alimentos minimamente processados
Passaram por processos básicos que não alteram significativamente sua composição ou valor nutricional. São submetidos, por exemplo, à limpeza, moagem, pasteurização, congelamento ou embalagem.
Exemplos: arroz integral, frutas secas, vegetais congelados, leite pasteurizado, café moído. Também podem estar presentes todos os dias, compondo uma alimentação saudável.
Alimentos processados
São alimentos que receberam a adição de ingredientes como sal, açúcar, óleo ou conservantes para melhorar sabor, textura ou validade. Embora ainda se reconheça o alimento original, sua composição já foi modificada.
Exemplos: pães, queijos, iogurtes, conservas. Devem ser consumidos com moderação, de acordo com a necessidade individual.
Alimentos ultraprocessados
São formulações industriais feitas com pouco ou nenhum alimento in natura. Contêm aditivos como óleos, gorduras, amidos, corantes, aromatizantes, emulsificantes e grandes quantidades de açúcar, sódio e gorduras.
Exemplos: refrigerantes, salgadinhos, biscoitos recheados, refeições prontas congeladas, sorvetes industriais. Devem ser consumidos raramente, já que oferecem baixo valor nutricional e alto risco à saúde.
Frequência de consumo recomendada
Não processados e minimamente processados: base da dieta, consumo diário.
Processados: consumo moderado, em pequena proporção da alimentação.
Ultraprocessados: consumo ocasional, de preferência evitar.
Riscos para a saúde
O consumo frequente de alimentos ultraprocessados está relacionado a:
Obesidade
Diabetes tipo 2
Doenças cardiovasculares
Hipertensão arterial
Câncer
Distúrbios digestivos e problemas renais
Isso porque contêm excesso de calorias, açúcar, sódio e gorduras ruins, além de aditivos artificiais que podem prejudicar o equilíbrio do organismo.
Precisamos excluir todos os processados?
Nem sempre.
Minimamente processados e não processados são aliados e devem ser incluídos diariamente.
Processados podem fazer parte de forma equilibrada, sem excessos.
Ultraprocessados, por outro lado, devem ser evitados, pois não oferecem benefícios e estão fortemente associados a doenças crônicas.
Uma alimentação equilibrada, rica em frutas, verduras, legumes, grãos integrais, proteínas magras e laticínios de qualidade, garante nutrientes essenciais, antioxidantes, fortalece o sistema imunológico e ajuda na prevenção de doenças.
Em resumo
Quanto mais natural e menos processado for o alimento, melhor ele será para sua saúde e da sua família. Descasque mais e desembale menos!
Perguntas para refletir - Processados, minimamente processados, não processados e ultraprocessados: o que é preciso saber?
Por que é importante conhecer os diferentes tipos de alimentos ao escolher o que vai para o prato da família?
Qual é a principal diferença entre alimentos não processados e minimamente processados?
Que exemplos o texto traz de alimentos minimamente processados que podem estar no dia a dia da alimentação?
O que caracteriza um alimento processado e de que forma ele difere dos ultraprocessados?
Quais são os exemplos citados de alimentos ultraprocessados?
Qual deve ser a frequência recomendada de consumo para cada grupo de alimentos (não processados, minimamente processados, processados e ultraprocessados)?
Quais doenças estão associadas ao consumo frequente de ultraprocessados?
O texto sugere excluir totalmente os alimentos processados da alimentação? Por quê?
De que maneira uma dieta equilibrada com alimentos naturais fortalece a saúde e previne doenças?
Qual é a mensagem final resumida no texto sobre a escolha dos alimentos?

Por Andrea Ferrara - Nutricionista




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