"Quem nunca, né, Alice?!"*
- anachristinaleite
- 26 de jun.
- 2 min de leitura

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Várias e várias vezes...
Você me trouxe de volta essa memória de quando as crianças eram pequenas e dependiam de mim. E hoje, com meus filhos já adultos e independentes, quero compartilhar uma reflexão com as mães que ainda estão na fase da primeira infância:
Sabe aquela frase "Seu filho não atrapalha o seu trabalho importante; ele é o seu trabalho mais importante"? Pois é.
Hoje, me orgulho dos dias em que venci a exaustão e mergulhei de cabeça nas brincadeiras. E, claro, me perdoo pelos momentos em que deixei o cansaço falar mais
alto, achando que "sempre haveria um amanhã" para isso.
Mas confesso: lamento profundamente aqueles dias em que deixei de brincar, de dar atenção, de me jogar no mundo deles porque estava cansada demais.
Porque hoje... ah, hoje sinto falta da correria de sair atrasada para a escola, de chegar em casa e ainda ter um mundo de demandas: brincar, ouvir histórias, dar colo.
Meu ninho agora está vazio
Tomo meu café até o fim, saio no horário, chego adiantada. Volto para uma casa silenciosa — só a bagunça do marido, vez ou outra. Nada de meias pelo chão, brinquedos espalhados, risadas altas...
E sabe o que é mais irônico? Do que eu mais sinto falta é justamente daquilo que eu tentava "escapar": da atenção real, presente, daqueles momentos em que meus meninos me chamavam para compartilhar seu mundinho comigo.
Hoje, esses momentos são raros. "Quando dá". E está tudo bem!
Não me entendam mal: isso é bom, é *saudável, é **o ciclo da vida*. Assim foi comigo, e um dia será com eles também.
Sim, nos falamos — um quase todo dia, outro quase toda semana. Porque sim, sou uma mãe amada, importante... só não sou mais necessária. E não era esse o objetivo, ao ensiná-los a voar?
Então tá tudo certo
Ficam as lembranças de um ego que já foi inflado e hoje está mais murchinho... e o desejo de que, mesmo não sendo mais essencial, eles ainda me chamem para brincar.
Porque, se chamarem, eu vou correndo! 💃🏼💃🏼

Patrícia Magrah - Educadora parental e 1a Infância
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